Microsserviços: O Que É, Como Funcionam E Como Desenvolver?

Cansou de projetos grandes e complicados que ficam cada vez mais difíceis de manter? Que tal simplificar tudo isso com microsserviços? Isto é, empresas de tecnologia em crescimento costumam ter sistemas simples no início.

Então, com o tempo, elas se sobrecarregam com projetos de tecnologia que ficam cada vez mais complexos. Diante disso, os microsserviços podem melhorar a manutenção, a escalabilidade e a agilidade.

Sendo assim, deseja aprender mais sobre os microsserviços para tirar melhor proveito dos benefícios deles? Continue conosco e saiba:

  • O que são Microsserviços?
  • Como os Microsserviços funcionam? 
  • Qual a diferença entre Microsserviços e API?
  • Como desenvolver Microsserviços?

O que são Microsserviços?

Microsserviços são pequenos serviços que trabalham juntos para formar uma aplicação maior. É como ter várias equipes pequenas trabalhando em projetos independentes, mas com um objetivo comum, entende?

Por exemplo, pense em um sistema de gestão empresarial:

  1. Um microsserviço pode gerenciar as informações dos clientes;
  2. Enquanto outro cuida do processamento de pedidos;
  3. Um terceiro trata da geração de relatórios financeiros. 

Para entender melhor, imagine os microsserviços como Lego: pequenas peças que, quando combinadas da maneira certa, constroem algo muito maior. 

Isto é, cada microsserviço funciona de forma independente, mas se conecta para manter o sistema eficiente e integrado. Isso significa que a empresa pode atualizar relatórios ou escalar pedidos sem prejudicar o restante dos serviços.

Não por acaso, 69% das empresas participantes de uma pesquisa utilizam microsserviços para criar novas aplicações e rearquitetar as existentes. Os dados são do estudo The State of Microservices, da Red Hat.

Como os Microsserviços funcionam? 

Os microsserviços funcionam ao dividir grandes aplicativos em pequenas partes independentes que trabalham juntos para oferecer funcionalidades completas. Entenda:

Divisão em serviços independentes

  • Cada microsserviço cuida de uma funcionalidade específica do sistema, como gerenciar pagamentos, exibir conteúdos ou controlar o estoque. 
  • O melhor de tudo? Cada serviço pode ser desenvolvido, atualizado e escalado de forma independente, sem complicar o restante do sistema.

Por exemplo, imagine uma plataforma de streaming de vídeo. O serviço que recomenda filmes pode receber novos algoritmos de inteligência artificial. Enquanto isso, o serviço de reprodução de vídeos pode ser ajustado para suportar mais usuários assistindo ao mesmo tempo. 

O melhor é que essas mudanças conseguem ser feitas sem afetar a experiência do usuário em outras áreas, como pagamento ou controle de conta.

Comunicação simples entre serviços

Os microsserviços se comunicam entre si por meio de APIs bem definidas (Interface de Programação de Aplicativos). Essas APIs atuam como “pontes” que viabilizam a troca de informações entre os diferentes serviços. Por exemplo:

  • O serviço de pagamento pode usar uma API para checar a disponibilidade do produto no estoque antes de finalizar a compra;
  • Já o serviço de recomendações pode acessar a API do histórico de compras para sugerir produtos personalizados para o cliente. 

Para te explicar melhor, pense no aplicativo da Uber. Quando você pede uma corrida, o serviço de geolocalização usa uma API para encontrar motoristas próximos. 

Depois, o serviço de pagamento acessa uma API para cobrar pela viagem. Tudo acontece de forma super integrada e rápida. Assim, você tem a melhor experiência possível, sem nem perceber toda a tecnologia funcionando nos bastidores. Entendeu?

Flexibilidade com contêineres

  • Os microsserviços são frequentemente implementados usando contêineres — como o Docker — “caixas” que guardam cada serviço e tudo o que ele precisa para funcionar;
  • Isso facilita a manutenção e reduz problemas de compatibilidade entre os serviços.

Afinal, ao isolar cada serviço e suas dependências em contêineres, fica mais fácil atualizar ou corrigir um serviço sem afetar os outros. Isso traz mais flexibilidade e eficiência no processo de manutenção.

Qual a diferença entre Microsserviços e API?

Enquanto microsserviços dividem a aplicação em partes menores e independentes, as APIs possibilitam a comunicação entre essas partes. Ou seja, API e microsserviços exercem papéis diferentes na criação de aplicações escaláveis e eficientes. Saiba mais:

A conexão entre microsserviços e APIs

  • Microsserviços dividem a aplicação em partes independentes;
  • APIs conectam esses microsserviços, permitindo a troca de dados e a execução de funções específicas entre eles.

Em outras palavras, microsserviços usam APIs para se comunicar.

Diferenças principais entre Microsserviços e APIs

  • Objetivo: microsserviços são divisões da aplicação, enquanto as APIs são meios de comunicação entre essas divisões;
  • Finalidade: a função específica de um microsserviço é o que ele faz no sistema, enquanto as APIs são o meio pelo qual os microsserviços se comunicam;
  • Segurança: microsserviços permitem maior controle sobre segurança e dados, já as APIs podem variar dependendo de quem as desenvolve e dos dados acessados;
  • Desenvolvimento: microsserviços possibilitam escalabilidade e desenvolvimento independentes, já APIs integram e facilitam a comunicação entre sistemas.

Como desenvolver Microsserviços?

O uso de boas práticas facilita o desenvolvimento de microsserviços. Confira:

1. Comece com um monólito

Inicialmente, pode ser mais eficiente usar um monólito — sistema único com todas as funcionalidades integradas —, especialmente quando os requisitos de negócios ainda estão mudando. Isso porque um único sistema facilita ajustes rápidos enquanto você testa e faz ajustes.

2. Organize as equipes corretamente

A transição para microsserviços exige uma mudança na forma como as equipes são organizadas. Por isso, equipes DevOps menores — com todas as habilidades necessárias — garantem um desenvolvimento e manutenção mais eficientes e independentes dos microsserviços.

3. Divida o monólito

Após definir a arquitetura monolítica — modelo em que todas as funcionalidades de um sistema estão integradas —, identifique os limites de cada serviço. Feito isso, comece a dividir o sistema em microsserviços.  

4. Divida os dados em contextos limitados

Usar um único banco de dados em sistemas grandes pode gerar “gargalos”, deixando o sistema mais lento e difícil de gerenciar. Para evitar isso, em microsserviços, recomenda-se dividir o banco em “contextos limitados”.

Assim, cada contexto cuida de um conjunto específico de dados. Isso melhora o desempenho e ajuda as equipes a trabalharem de forma mais ágil e independente.

5. Prepare-se para falhas

Os microsserviços precisam de uma arquitetura forte, com mecanismos para lidar com falhas e redundâncias. Desse modo, o sistema continua funcionando mesmo quando algo der errado.

6. Monitore continuamente

É fundamental monitorar cada microsserviço para identificar falhas ou problemas de desempenho rapidamente.

7. Adote a entrega contínua

Crie um pipeline de entrega contínua para implementar mudanças rapidamente e com segurança, reduzindo os riscos.

Conte com a ModalGR para desenvolver microsserviços

Como visto, os microsserviços são uma forma eficiente de dividir sistemas complexos em partes menores e independentes. Isso facilita a manutenção, torna o sistema mais ágil e permite que as equipes trabalhem com mais eficiência, abordagem ideal para empresas em crescimento.

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