Zero Trust: O Que É E Como Pode Fortalecer a Segurança nas Empresas

O conceito é simples: “nunca confiar, sempre verificar”. Em vez de presumir que qualquer usuário ou dispositivo dentro da rede é confiável, o Zero Trust exige que todas as conexões sejam verificadas.

Até porque, o Brasil sofreu 1.379 ameaças cibernéticas por minuto em 12 meses, segundo o Panorama de Ameaças para a América Latina 2024. Então, já pensou se a sua empresa passasse por isso e não houvesse monitoramento constante? 

Esse é o risco real que os negócios enfrentam todos os dias, especialmente em um cenário digital cada vez mais complexo. Por isso, Zero Trust surge para evitar essas situações. Quer saber como? Continue a leitura e confira:

  • O que é o Zero Trust?
  • Princípios fundamentais do Zero Trust
  • Quem criou o Zero Trust?
  • Como implementar o Zero Trust?

O que é o Zero Trust?

O Zero Trust é uma estratégia de segurança de rede focada na ideia de que nenhuma pessoa ou dispositivo deve ser automaticamente confiável. Isso é válido dentro ou fora da rede de uma organização. 

Ou seja, cada vez que colaboradores, clientes e usuários externos acessam sistemas ou dados, ele será verificado e autenticado. Em outras palavras, é como se, ao entrar em um prédio, você precisasse passar por um sistema de segurança a cada nova sala que acessar. O objetivo é evitar brechas de segurança.

Princípios fundamentais do Zero Trust

O modelo Zero Trust se baseia em três princípios que ajudam a garantir a máxima segurança da sua rede. Acompanhe.

Nunca confiar automaticamente em ninguém

Mesmo que um usuário ou dispositivo esteja dentro da rede, ele sempre precisará ser verificado antes de ter acesso aos sistemas ou dados. Ou seja, não existe confiança implícita.

Logo, se a conta de um funcionário for comprometida, por exemplo, um invasor não poderá acessar facilmente as informações da empresa, mesmo estando dentro da rede.

Acesso restrito ao mínimo necessário

Cada pessoa ou dispositivo só pode acessar o que for essencial para o seu trabalho. Isso evita que informações sensíveis sejam expostas sem necessidade.

Monitoramento constante de tudo

A segurança deve ser monitorada o tempo todo, para que qualquer atividade suspeita seja detectada rapidamente. A vigilância nunca para, garantindo que a rede esteja sempre protegida.

Quem criou o Zero Trust?

O conceito de Zero Trust nasceu graças ao trabalho de dois profissionais que marcaram a área de segurança cibernética. Confira!

Stephen Paul Marsh

Foi ele quem criou o termo Zero Trust em sua tese de doutorado na Universidade de Stirling, lá em 1994. Marsh foi pioneiro ao propor uma abordagem de segurança que coloca a verificação de cada usuário e dispositivo como prioridade.

John Kindervag

Embora Marsh tenha dado o primeiro passo, foi John Kindervag, ex-analista da Forrester Research, quem popularizou e detalhou o conceito. 

Em seu “Dicionário de Zero Trust”, Kindervag define o modelo como uma estratégia de segurança que elimina a confiança digital. 

Desse modo, é possível prevenir violação de dados e usar tecnologias que se aprimoram ao longo do tempo para reforçar a segurança da rede.

Como implementar o Zero Trust?

Implementar o Zero Trust exige um enfoque contínuo e estratégico. A seguir, veja isso de forma prática.

Defina a superfície de proteção

O primeiro passo é entender exatamente o que você precisa proteger. Em vez de focar apenas nas vulnerabilidades específicas, como era feito antigamente, o Zero Trust se concentra na superfície de proteção

Essa superfície pode envolver sistemas nos seus escritórios, na nuvem ou no edge (pontos de acesso externos). 

Mapeie as transações e fluxos

Agora, é hora de entender como os dados se movem pela sua rede. Isso significa mapear todas as transações que acontecem dentro da sua organização, desde o tráfego interno até os fluxos entre sistemas na nuvem. 

Com esse mapeamento, você identifica quais áreas precisam de mais proteção e cria uma arquitetura de Zero Trust que acompanhe esse fluxo.

Estabeleça políticas de segurança

Com o mapeamento pronto, é hora de definir as políticas de segurança. Quem pode acessar o quê e como? 

O princípio do privilégio mínimo entra aqui: só dê acesso ao que é estritamente necessário para cada pessoa ou dispositivo.

Use autenticação multi-fator (MFA)

Não confie apenas em senhas. A autenticação multi-fator (MFA) pode assegurar que os usuários estejam realmente autorizados a acessar os recursos da rede.

Além da senha, é necessário um segundo fator, como um código enviado ao celular ou o uso de certificados digitais. 

Monitore o tráfego contínuo

A segurança nunca é 100% garantida, por isso, você precisa estar sempre monitorando o que acontece dentro da sua rede.

Nesse sentido, use tecnologias como Big Data, inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (ML) para analisar comportamentos e identificar atividades anormais em tempo real. 

Segmentação da rede

Divida sua rede em segmentos menores e isolados. Isso ajuda a limitar a propagação de um ataque caso um ponto da rede seja comprometido. Isto é, em vez de uma invasão se espalhar por toda a infraestrutura, ela fica contida a um segmento específico. Essa é uma forma inteligente de minimizar os danos.

Proteja os dados sensíveis

Os dados são o coração da sua organização, por isso, precisam ser protegidos com máxima segurança. Use criptografia para garantir que apenas usuários autorizados possam acessar informações confidenciais. 

Reforce a segurança e a proteção digital com as soluções da ModalGR

Conforme mencionado, o modelo Zero Trust atua para que nenhuma confiança seja automática e todos os acessos sejam rigorosamente verificados. Afinal, com a crescente ameaça de ataques cibernéticos – como evidenciado pelas mais de 1.300 ameaças por minuto no Brasil – adotar essa abordagem é fundamental.Então, se a sua empresa procura reforçar sua segurança digital, fale conosco e descubra a melhor solução – como Big Data, IA etc. – adaptada às suas necessidades. Não espere mais para garantir a segurança dos seus dados e sistemas!

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