Mesmo sem saber sobre criação de sites e afins, com certeza você já se deparou com o HTML. Afinal, o que é HTML e por que ele é tão importante em tempos em que dependemos tanto da Internet para obter informações, manter contato e romper as fronteiras da distância?
No princípio, não havia nada…
Em uma época em que a Internet mal engatinhava, um grupo de pesquisadores britânicos viram a necessidade de uma ferramenta capaz de acrescentar elementos complementares a textos, como títulos, citações, imagens, linkar outro artigos, entre outras ferramentas.
Foi então que Tim Berners-Lee decidiu criar a HTML, uma sigla para HyperText Markup Language, que em tradução direta seria Linguagem de Marcação de Hipertexto. A linguagem nasceu como uma ferramenta simples para padronização de marcação do conteúdo, dessa forma os artigos poderiam conter dados mais complexos e manterem sua formatação independente do dispositivo.
Seu funcionamento é muito simples: ao digitar a URL de um site, o servidor responde com um arquivo HTML, que o seu navegador fará a interpretação das chamadas tags. Elas são responsáveis por delimitar qual o tipo de informação contida ali.
Por exemplo, digamos que eu queira dar a este artigo o título de “O funcionamento do HTML”, para isso terei que declarar a tag <h1> antes do título, resultando em:
<h1>O funcionamento do HTML</h1>
Ah, vale também lembrar que o navegador precisa saber onde a informação termina. Para isso, utilizamos a mesma tag de início, porém com um “/” antecedendo seu nome.
A evolução
Com o passar dos anos a linguagem foi recebendo uma ampla aceitação no meio acadêmico e se difundindo para o ramo empresarial. Em 1995 foi fundada a W3C (The World Wide Web Consortium), uma entidade responsável por supervisionar e controlar os padrões da Web.
Versão 2.0 (1995): Nasceu junto com a W3C e tinha como objetivo formalizar todas as características da linguagens que já estavam disseminadas.
Versão 3.2 (1997): Corrigiu os problemas de compatibilidade de sua irmã mais velha, além de trazer a tag <table>, capaz de criar tabelas e outras novidades.
Versão 4.01 – (1999): Adicionou maior suporte a opções multimídias, além de introduzir o CSS (Cascading Style Sheets) e outras melhorias.
Versão 5 (2014): Esta é a versão mais recente da linguagem e, sem dúvidas, a que mais trouxe novidades. Dentre elas podemos citar:
- Utilização de banco de dados da Web, ao invés de cache do navegador;
- Fim do núcleo SGML, dando maior autonomia e possibilidades de aperfeiçoamento para o HTML;
- Formulários aprimorados, com destaque para data/hora, e-mail e pesquisas.
Sua importância
A evolução do HTML sem dúvidas foi de vital importância para que ele mantivesse seu reinado e posição no mercado. Sua aplicabilidade tem infinitas possibilidades quando combinado com outras tecnologias do mercado – como CSS, JavaScript e PHP – o torna perfeito para as mais diversas áreas. Afinal, que empresa não precisa de um site?
Antigamente era comum ver blogs e páginas na web mais simples, pois o HTML em sua forma pura é simples e extremamente didático, o que permitia que qualquer pessoa publicasse seu site. Hoje em dia isso ainda é possível. Porém com a crescente evolução da tecnologia, somente o HTML não é mais o suficiente para suprir suas demandas, sejam elas estéticas ou funcionais.
Vale lembrar que o HTML não é uma linguagem de programação, mas sim uma linguagem de marcação. Ou seja, não é possível manipular valores, realizar rotinas e outras das funções mais comuns.
HTML hoje
Por conta disso, a expressão “juntos somos fortes” é o dilema da vida do HTML, pois ele sozinho jamais seria capaz de entregar as ferramentas sensacionais que temos hoje rodando diretamente em nossos navegadores (como redes sociais, hospedagem de arquivos em nuvem, editores de texto colaborativos etc.). Porém, sem ele, também não teríamos a web tão democrática e acessível como a conhecemos e utilizamos em nossas vidas.
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